Voltar para a página inicial


Seleção vê a maior festa de recepção da história em Brasília

Cerca de 500 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, receberam a seleção pentacampeã mundial de futebol nesta terça-feira em Brasília, na maior festa já feita para receber um time brasileiro na capital federal na história _em 1994, na conquista do tetracampeonato, 150 mil foram às ruas.

A enorme quantidade de pessoas no caminho atrasou em cerca de quatro horas o encontro da delegação com o presidente Fernando Henrique Cardoso, que condecorou os 23 jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari com a medalha da Ordem Nacional do Mérito.

"Nunca vi uma coisa parecida na vida. Só temos que agradecer ao torcedor", disse o lateral Roberto Carlos.

"A festa foi linda. Não havia cansaço que pudesse fazer com que não curtíssemos", afirmou o meia Juninho.

O vôo que trouxe a delegação do Japão chegou ao Distrito Federal pouco antes das 10h, mas o encontro com FHC só aconteceu após as 15h.

Quebrando protocolo tradicional, a delegação desfilou pelo trajeto até o Palácio do Planalto em um trio elétrico, comandado pela cantora baiana de axé Ivete Sangalo, e um caminhão, ambos decorados com faixas publicitárias da cerveja Brahma, marca da AmBev, principal patrocinadora da CBF.

Com isso, a seleção dispensou o caminhão histórico do Corpo de Bombeiros, que transportou as seleções nos desfiles após as conquistas do tri, em 1970, e do tetra, em 1994, e havia sido preparado especialmente para a cerimônia.

Como era o Dia dos Bombeiros, a corporação sentiu-se desonrada com a desfeita e ameaçou barrar o caminho ao Palácio do Planalto.

O clima durante a entrega da medalha foi de total informalidade. Ao som da banda Olodum, a seleção transformou o normalmente sisudo palácio presidentcial em uma espécie de Pelourinho, com muita festa e descontração.

Vários jogadores fizeram brincadeiras após receber o prêmio. O volante Vampeta, do Corinthians, chegou a rolar pela rampa do palácio depois de condecorado.

Ele e outros jogadores, como o são-paulino Rogério Ceni e o palmeirense Marcos, também usavam a camisa de seus clubes em detrimento do uniforme da seleção. O lateral Júnior e o atacante Edílson, por sua vez, usava a camiseta da banda baiana.

Ronaldo, o maior astro da conquista do penta (ao lado de Rivaldo), também entrou no clima de infantilidade, chegando a fingir ter sido espetado pelo alfinete ao ser conderado por FHC.

Junto aos jogadores, o gaúcho Scolari ensaiou passos de samba no Parlatório do Planalto, após dividir um chimarrão com o presidente.

Em seguida, a seleção voltou à base aérea de Brasília para seguir para o Rio de Janeiro. A última escala da delegação foi São Paulo, onde chegou às 4h30 do dia seguinte.

 

 

 

Web Site Criado e Mantido por Computech Professional Corp. Representando o Brasil nos Estados Unidos.